Nesta edição, a Revista Mommys traz uma entrevista exclusiva com Silvania Martins, mãe de Jessyca Oliveira (@jessyborg.oficial), atleta de natação
paralímpica e palestrante.

Em um relato emocionante, Silvania conta um pouco mais sobre a trajeTória inspiradora de sua filha, através de seu olhar de mãe. Ela relembra as
graves sequelas deixadas pela Meningite C em sua filha quando ela tinha 10 anos, fala da importância da fé e como elas ressignificaram toda aquela
dor e a transformaram em um propósito de vida.

Silvania, poderia nos contar um pouco mais sobre sua história e como foi quando recebeu o diagnóstico de que sua filha, aos 10
anos, estava com Meningite C.

A nossa história já começou desde o dia que a Jessyca nasceu, ela quase partiu durante a minha gravidez por falta de oxigênio, mas Deus a todo
momento agia e transformava o impossível em possível. Quando ela tinha 10 anos a história de quase partir se repetiu. Eu me lembro até hoje da hora em que recebi uma ligação da minha mãe pedindo que eu fosse para o hospital, eu estava trabalhando e ela tinha ido passear com a Jessy. Naquela hora, eu jamais imaginei que fosse algo grave, mesmo todos me dizendo para não me assustar quando a encontrasse, pois ela já estava irreconhecível e com grande parte do corpo tomado pela necrose.
Ao vê-la, foi inevitável. Uma dor profunda tomou conta de mim, mas rapidamente segurei as lágrimas para não a deixar nervosa e fomos nos acalmando. Depois que ela entrou em coma, foi intubada e as médicas me chamaram para conversar sobre o caso. Chegaram ao diagnóstico de
uma meningite bacteriana do tipo C.
Na época, eu não tinha conhecimento dessa doença e, consequentemente, não sabia que existiam vacinas que atuavam na sua prevenção (embora
ela estivesse com as vacinas do posto em dia).
Diante de tudo isso, surgiu nosso propósito. E a nossa história não se resume ao que nos aconteceu, mas como reagimos ao acontecido!

Qual foi sua reação a princípio? E, como mãe, o que mais a ajudou nesse momento?
Foi um choque que jamais imaginei vivenciar, nenhuma mãe merece ver o seu filho numa situação que a meningite é capaz de deixar. Busquei forças
do alto a todo momento, a fé me confortou e me deu a certeza de que tudo ia passar. Era 1% de chance, mas os 99% se tornaram de fé.

Jessyca precisou ficar internada por mais de 1 ano e, durante esse período, foi necessário amputar seus braços e pernas, ela perdeu
parte de sua audição e teve também 80% de sua pele necrosada, em consequência da doença. Pode compartilhar conosco sobre como foi esse período para vocês e o que a fez ter forças para enfrentar essa situação.
Saber que ela estava viva e alegre a partir de tanta dor foi o maior motivo para continuar tendo forças, porque eu reconheci a gravidade da doença
e as chances mínimas de sobrevivência, mas vivíamos a vitória diária que era estar vencendo a meningite dia após dia e ter ela do nosso lado.
Não foram dias fáceis, pois é muito difícil como mãe ver o seu filho sentir dores e não poder controlar, mas fui sempre criando novas formas para
distraí-la, buscando lados positivos da situação e sempre cuidando do meu interior para que eu pudesse cuidar e ser forte por ela.

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