Pensar em família nos dias atuais, requer pensar em múltiplas possibilidades de manifestações de conflitos. Por mais paradoxal que seja, onde se tem um núcleo de amor reside também focos de conflitos e de confrontos. As linguagens do amor às vezes estão em sintonias distintas e trazem falhas comunicacionais com desentendimentos subsequentes.

Precisamos refletir sobre isso, principalmente em tempos de pandemia e isolamento social. Estamos vivendo o “novo” dentro das famílias mas não tivemos uma preparação de como conviver e nos relacionar nessas circunstâncias especiais.

Por isso, nesses momentos em que estamos sendo desafiados, pensar em um estilo de vida empático e compassivo pode ser uma estratégia muito interessante e eficaz. Mas como conseguimos ter este estilo de vida?

Para ajudá-las, queridas Mommy´s deixo aqui algumas dicas para aprimorar os relacionamentos familiares e incentivar a construção de consensos:

  • Escuta dinâmica: escutar para compreender e não para rebater. Escutar com todos os sentidos e não apenas com os ouvidos. Escuta ativa implica ouvir com o coração, as necessidades do outro que não estão sendo atendidas. É importante a construção de diálogos que enriquecem a vida e que conectem as pessoas. Comunicação é um processo de interação e de conexões recíprocas, com fulcro na construção de um entendimento compartilhado;
  • Validação de sentimentos: validar os sentimentos das pessoas implica em reconhece-los e legitimar a existência dos mesmos. Significa que estamos percebendo a existência dos sentimentos e que eles estão atrelados a necessidades não atendidas;
  • Parafraseamento ou recontextualização: é muito importante perceber que uma mesma situação pode ser vislumbrada sobre várias percepções. E não existe uma verdade absoluta que sobreponha à outra, mas diferentes pontos de vistas com diversas narrativas. Assim, é interessante fazermos o movimento no sentido de perceber as distintas nuances e sempre que recebermos uma fala, devemos fazer o movimento de devolvê-la ao emissor para verificarmos em qual contexto ela foi emitida. As devolutivas devem ser feitas em uma linguagem neutra, leve e sem elementos que desagreguem ou desabonem. Uma filtragem é sempre indicada nos feedbacks realizados
  • Perguntas: Para verificarmos se estamos compreendendo o discurso do outro, além das devolutivas, é importante que façamos algumas perguntas para compreender bem seu contexto, suas interações e implicações decorrentes;
  • Enquadramento: quando estamos em um processo de interação com o outro, bem como com um sistema, é muito importante que possamos nos perceber como atores desse contexto e sabermos qual é a função que deve ser realizada por cada um de nós. Conhecer do nosso pertencimento e as decorrências deste, faz com que sejamos responsáveis por nossos atos e falas.

Bem, essas são algumas ferramentas que utilizamos na Mediação de Conflitos, um caminho que se abre para gestão de conflitos complexos e com relações continuadas, que são os casos das famílias.

Nós mediadores usamos as técnicas para o desenvolvimento do procedimento. Mas penso que as mesmas podem ser instrumentos muito úteis para aprimorar as relações familiares.

Se vocês perceberem que não estão conseguindo gerenciar os conflitos sozinhas, nós da Câmara Satisfactio estamos à disposição para esclarecer suas dúvidas, bem como para ajudá-las a realizar um gerenciamento familiar assertivo e produtivo. Estamos atendendo com horário agendado ou através de Plataforma Digital.

Contamos com uma equipe de Mediadores Interdisciplinares que trabalham de forma ética e respeitosa na construção de consensos e no resgate das famílias.

Conte conosco!

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

Postar Comentário