Confira a opinião de especialistas no assunto, que apontam as principais medidas preventivas e propõem excelentes reflexões sobre a parceria entre famílias, escolas e poder público no combate à violência.
Você que é mãe, pai e possui filhos em idade escolar, provavelmente, foi impactado(a) nas últimas semanas pelas notícias de ataques a escolas,
que foram destaque na mídia durante todo o mês de abril por todo país.
Depois do triste atentado à creche Cantinho Bom Pastor em Blumenau (SC), que resultou na morte de quatro crianças e outras quatro feridas, mensagens sobre supostos novos ataques em escolas de diversas cidades brasileiras circularam nas redes sociais, deixando pais, alunos e educadores bastante apreensivos.
O movimento fez com que instituições particulares enviassem comunicados para informar às famílias sobre a adoção de protocolos de segurança e ações voltadas para saúde mental e gerou inúmeras reflexões sobre como agir frente a essas situações e sobre o papel da escola, dos pais e, também, do poder público diante dessas questões.
Inteligência Emocional
Um estudo recente realizado pela Unicamp, que mapeou casos de violência extrema contra escolas no Brasil nos últimos 20 anos, concluiu que os ataques poderiam ser evitados se houvesse um trabalho de acompanhamento dos alunos e do comportamento deles não só na escola, mas também no seu dia a dia.
Para Carlos Frederico Fagundes, Doutor em Educação e Especialista em Inteligência de Segurança Pública, o fenômeno que estamos presenciando não é uma questão de segurança pública, mas sim, um grave problema social. “O que se tem conseguido analisar é que há sempre um histórico de
rejeição e indiferença que integra a vida do jovem extremista. Neste sentido, torna-se imperioso voltar nossas atenções ao trabalho de prevenção
que a família e a escola devem promover no sentido de capacitar os jovens de habilidades sociais, tão necessárias para uma convivência pacífica. É importante que, ao serem frustrados, em decorrência das dificuldades que a vida lhes impõe, eles consigam administrar suas emoções e conviver respeitando limites”, ressalta.
Renata Lott, que é psicóloga especialista em adolescentes e jovens, concorda com Carlos Frederico e afirma que só é possível prevenir violência
com saúde emocional. “Uma pessoa que sabe distinguir e regular suas emoções não desconta no outro as suas frustrações. É urgente o ensino
de habilidade social e regulação emocional nas escolas e em casa. Limite, disciplina e organização nada tem a ver com autoritarismo e precisamos
que todos entendam isso para que estes três termos sejam ensinados às nossas crianças e adolescentes”, conclui a psicóloga.
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