Oi meninas, tudo bem?
Espero que estejam todas seguras e tentando manter a sanidade mental.
Aqui na Holanda estamos em processo de abertura do isolamento. Desde 11 de maio, a escola das crianças voltou em adaptação: duas vezes por semana apenas. Só metade de cada sala em cada dia.
A primeira coisa que voltou foram as escolas. Fiquei com medo de mandar? Fiquei. Mas mandei assim mesmo.
Tivemos uma adaptação sem nenhum problema às aulas online. Na verdade, aula mesmo não teve. As criancas usaram a plataforma que já existia de aprendizado. A diferença é que comecaram a usar em casa. Semanalmente os professores enviavam um cronograma de estudos e atividades e só.
Minha filha de 11 anos encarou sem maiores problemas e claro, como todas, tive muito estresse com o de 5 anos (não contem pra ninguém que eu fiz letras em um passado muito distante, mas tive uma baita dificuldade). Ao meu favor, como eles estudam 50% em Holandês, dificulta bastante pro meu lado… Oh língua dificil essa! Mas tô tentando aprender.
Para a retomada das aulas, a escola tomou medidas de higiene redobradas. Adaptaram mesas com aquelas telas de acrílico, diminuíram cada sala pela metade para evitar contato e aglomerações. Os recreios, que eram juntos, foram esquematizados para serem separados. Organizaram a entrada e a saída para cada turma por um lugar (nunca vi uma escola com tantas portas) e os pais foram proibidos de entrar nas dependências da escola.
Muitas pessoas ainda não mandaram os filhos para a escola. Estão esperando os ‘primeiros cobaias’ irem e ver se os números vão aumentar. Porém, já temos mais de duas semanas do retorno e está tranquilo (na verdade, acabei de saber que está baixando ainda mais).
Por aqui nunca teve Lockdown. Nós ficamos por quase dois meses apenas comprando online (supermercado e todo o resto) e saíamos só o dia que estávamos muito estressados para dar um passeio na beira do canal. Também NUNCA foi proibido o contato das crianças. Mesmo no auge da transmissão e do isolamento. Nós em casa e os holandesinhos(as) tocando o terror lá fora (rs).
As lojas não foram obrigadas a fechar. Algumas fecharam por conta própria (as que normalmente ficam mais cheias). Os restaurantes fecharam por um curto período, somente para adaptar ao modelo apenas delivery e para fazer um curso de higiene anti-covid para manipular alimentos com segurança. O uso de máscaras só passou a ser obrigatório em 1 de junho para usuários dos transportes públicos (fizeram várias mudanças para que esses não andem lotados e respeitem a distância de um metro e meio).
Desde 18 de maio outras coisas reabriram, como salões, fisioterapia, etc. E desde 1 de junho, até os restaurantes reabriram, mas com todo cuidado, mantendo 1,5m de distância e redobrados os cuidados com higiene (não sei se já viram, mas alguns restaurantes daqui implementaram uma “casinha”, tipo uma cabine de vidro, para até três pessoas isoladas do resto. Tudo para evitar contágio).
Eu achava que exatamente nessa semana teríamos um grande aumento nos números de mortes, transmissões e internações, mas não aconteceu. E estamos muito felizes. Nosso primeiro ministro e toda a equipe sempre priorizaram a vida das pessoas em todas as decisões tomadas.
Daqui, apenas torcemos para que as coisas melhorem para vocês como melhoraram pra nós. BH tem sido um dos melhores lugares do isolamento e espero que a consciência que vocês estão tendo ajude cada vez mais.
Sigam seguras Mommys! Daqui só saudade…
Obs.: quando as aulas voltaram eu ainda não tinha feito meu exame de anticorpos de Covid. Aqui passamos mal, muito mal, de 13 de março à 5 de abril; cada semana um membro da família, mas não tivemos nenhum sintoma grave, apesar de tudo (nos meninos mais leve. Eu penei por sete dias. Muita dor de garganta, dores de cabeça enormes, uma dor no corpo incontrolável e muita febre. Meu marido passou mal três dias. Coisa que em 15 anos juntos nunca tinha visto). Por conta disso, eu estava ‘tranquila’. Mas nossos exames deram negativo.