Por Luciana Berlini
Dizem que quando nasce um filho, nasce uma mãe. Mas nem sempre estamos preparadas. Eu não estava! Achava que poderia continuar ser a mulher independente, bem resolvida, que faz e acontece.
A maternidade foi um tapa na minha cara. Quis fazer tudo sozinha, sem mãe, sem babá, sem empregada. Hoje vejo que o preço foi alto demais. Quando olho pra trás percebo que deveria ter pedido ajuda, gritado por socorro!
Os três primeiros meses são realmente terríveis. Por isso, quando avistar uma mãe recém-nascida não exite em ajudá-la. É ela quem precisa de ajuda e de visita. Leve comida, ofereça para cuidar do bebê, coloque ela para dormir. Ofereça colo. Diga que vai passar. Que ela voltará a sorrir. Que o bebê vai parar de chorar. Que não há nada de errado em ficar triste mesmo tendo um filho nos braços. Que a culpa vai surgir, mas ela não é uma amiga. Que os outros vão te julgar, ainda que você faça tudo certo. Que não há certo e errado na maternidade.
Que o filho será sempre sua prioridade, mas você precisa estar bem para conseguir cuidar dele. Diga que grande parte da insegurança vem dos hormônios e que, aos poucos, eles irão se estabilizar. Que o corpo também se ajeita, o ideal é se manter ativa, saudável e liberar bastante endorfina. Que tentar estabelecer uma rotina ajuda muito, especialmente para o bebê. E, principalmente, diga a ela que esse amor incondicional que ela sente pelo filho, o filho também sente por ela, independentemente do que ela faça, pelo menos até a adolescência (rsrs)…