Fotografar a gestação de qualquer mãe é fotografar a espera em um momento único! É eternizar todo sonho da maternidade.
Queremos tornar esse momento especial, lembrando com carinho o amor que sentimos e, futuramente, mostrar aos nossos filhos como foram amados antes mesmo de nascer. Por isso, a fotografia da gestação não é somente “mostrar o tamanho da barriga” e sim eternizar o sentimento, que será lembrando a cada momento que olharmos para estas imagens.
Duas das maiores dúvidas que as mães têm são sobre locação e produção.
As fotos em estúdio ficam bem dirigidas, com poses bem marcadas em um ambiente e luz controlados. Como a maioria das mães não são modelos, uma das principais funções do fotógrafo é saber dirigir e orientar a sessão. Assim, os movimentos ficam mais leves e as expressões mais suaves, além de disfarçar alguns detalhes e valorizar a beleza de cada pessoa.
As fotos em casas e sitio próprios ou “emprestados” são lugares que amo, porque trazem a história da família para o momento do ensaio. Por ser em um ambiente íntimo, a energia e a sintonia do casal fluem mais facilmente e as fotos ficam únicas!
Existem também muitos sítios em condomínios com uma área comum lindíssima que vale a pena aproveitar. Muitas vezes, lugares que passamos sempre deixam de chamar atenção, mas com a visão da fotografia, pode compor uma imagem linda!
Moramos em uma cidade imensa, um estado maravilhoso, com oportunidades lindas, para onde a imaginação mandar!
É importante respirar, sentir e conectar com seus sonhos para descobrir o que encanta seus olhos e como deseja ver as suas fotos deste momento.
Geralmente eu pergunto o que a pessoa gosta mais: árvores altas, matas fechadas, parques abertos, parques com brinquedos, com flores, água, vista urbana ou a possibilidade de um pôr-do-sol arrebatador.
Porém, lugares públicos são frequentados por pessoas que podem parar para ficar olhando ou termos que desviar para não incluir toda a população local no fundo das fotos.
Uma exceção a essa regra é o museu da UFMG (que cobra uma taxa). Lá ficamos com o museu exclusivamente para fotografar, sem a presença dos curiosos.
E a produção?
Bom, um cabelo arrumado e uma maquiagem com uma cobertura de pele perfeita, olhos marcados e tons neutros, foscos, sem muito brilho ou tons fortes. Se o ensaio for em estúdio, sugiro em uma linha mais sensual, com tons mais escuros.
As roupas seguem o estilo da mãe: mais clássico, despojado, romântico, sensual ou básico.
Jeans sempre funciona bem em todas as fotos, seja em calças ou camisas. Vestidos justos e longos alongam a silhueta, já vestidos curtos e largos podem aumentar o volume e dar a sensação de encurtar. Boleros, camisas, croppeds com calças ou saias, mostram a barriguinha, que leva os nossos tesouros.
Quanto mais lisos e neutros, mais fácil combinar com o local e retratar a família, sem brigar com interferências do ambiente. Se possível, evitar estampas, listras, xadrez, números, textos e desenhos nas roupas.
Sempre as fotos seguem algumas tendências, porém, apostar no clássico ou em um visual mais clean é ter certeza que a foto nunca vai sair do porta-retrato!
- E o pai?
O pai é muito importante, é o momento dele se mostrar presente.
O pai contemporâneo é participativo, divide os cuidados com o bebezinho e se preocupa com o bem-estar da mamãe, não por obrigação, mas pelo prazer de ter seus momentos com o filho. Portanto ele é importante sim para o ensaio.
- Irmãos:
Os irmãozinhos precisam e querem estar juntos, por mais que seja difícil fotografá-los, é preciso estar atento ao que pensam e sentem e assim saber conduzir a sessão.
É sempre uma caixinha de surpresas, porém, com paciência e carinho, tudo se resolve e o ensaio fica lindo quando eles participam!
- Sugestão de lugares:
– Casa do Baile
– Museu de Arte Moderna da Pampulha
– Orla da Lagoa
– Parque ecológico da Pampulha
– Jardim botânico do zoológico
– Parque e mirante Mangabeiras
– Topo do mundo
– Instituto Inhotim
– Jardim botânico e Museu de História Natural da UFMG
– Linha de trem no Belvedere
– Serra da Piedade
– Parque Ecologico Dr. Marcos Mazzoni
– Parque Tom Jobim
– Parque Elias Michel Farah
– Parque Municipal Professor Amílcar Vianna Martins
– Parque Lagoa do Nado
– Orla da lagoa em Lagoa Santa
– Museus da praça da liberdade
– Museu Abílio Barreto
– Museu dos Brinquedos
– Museu de Artes e Oficios
– Casa Ateliê e Casa Bernardi (locações pagas)
Outros lugares que ainda não tive a oportunidade de fotografar, mas tive boas referências:
– Solar do engenho
– Floresta Mágica
– Parque Cassia Eller
As opções são muitas e para ficar perfeito, devem estar em sintonia com os sonhos da família.
Espero que as dicas sejam úteis, pois são as que eu mais respondo nesses seis anos de fotografia.
Crédito das fotos: Sheyla Pinheiro Fotografia