O perigo por trás dos corantes, conservantes e aditivos

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Após mostrar para vocês a importância dos alimentos orgânicos em nosso dia a dia, achei muito importante alertá-los para o fato de que consumimos no Brasil muitos alimentos que contêm substâncias perigosas, proibidas em diversos países e que, comprovadamente, fazem mal para nossa saúde.

Enquanto alguns aditivos alimentares fornecem benefícios nutricionais ou melhoram a segurança alimentar, outros, tais como corantes, aromatizantes, espessantes, branqueadores são adicionados aos alimentos em caráter apelativo, para chamar a atenção do consumidor e têm potenciais riscos conhecidos para a saúde.

Ao comprar um alimento, considere sempre os perigos à exposição de fontes indiretas. A sua melhor defesa, com certeza, é evitar ou limitar a ingestão de alimentos processados refinados, embalados ou de conveniência. Leia sempre os rótulos e procure entendê-los!

Para ajudar, citarei alguns elementos que constam em alguns produtos alimentícios.

  • Corantes

Os corantes artificiais, que são proibidos em alguns países da Europa e restritos no resto, ainda são encontrados em muitos outros países, em itens tais como queijos, doces, refrigerantes e outros. O problema desses corantes é que eles são feitos com elementos derivados de petróleo e do alcatrão e são muito associados a vários tipos de câncer.

Uma pesquisa que foi feita no Reino Unido, sugere que o consumo de certos corantes artificiais e do conservante benzoato de sódio pode estar ligado ao aumento de hiperatividade em algumas crianças (de qualquer forma, é importante lembrar que a hiperatividade também é associada a muitos outros fatores em adição a certas atividades, portanto, uma dieta supervisionada pode ajudar a administrar o comportamento hiperativo, mas pode não ser uma solução completa).

Na Europa, os corantes artificiais são proibidos em cinco países e, nos outros, uma advertência deve ser colocada em toda comida ou bebida que contenha qualquer uma das seis cores – amarelo crepúsculo (E110); amarelo de quinoleína (E104); azorrubina (E122); vermelho 40 (E129); tartrazina (E102) e ponceau 4R (E124). A embalagem deve conter um aviso alegando que pode haver um efeito adverso na atividade e atenção das crianças.

Já no Brasil, são permitidas cinco das seis cores, sendo elas: amarelo crepúsculo; azorrubina; vermelho 40; tartrazina e ponceau 4R.

  • Conservantes

O hidroxianisol butilado (BHA) e o hidroxitolueno butilado (BHT) são adicionados a vários alimentos, tais como estabilizadores, antioxidantes e conservantes. Foi encontrado por causar câncer em ratos. Eles atuam inibindo o crescimento de microrganismos. Como antioxidantes, os compostos impedem a oxidação e sequestram os radicais livres.

O BHA e o BHT estão presentes nos cosméticos, dentre eles: batons; sombras para os olhos (maquiagem em geral); cosméticos para os cabelos; protetores solares; desodorantes; antitranspirantes; perfumes; cremes; medicamentos; motores a óleo; produtos feitos de borracha e plástico. E, ainda, em alimentos como manteiga; toucinho (bacon); carnes; doces; cervejas; farofas prontas; batatas desidratadas e fast foods.

  • Aditivos

É tipicamente usado como um melhorador de farinha (número E E924), reforçando a expansão de massa de panificações e permitindo-a “crescer” mais. É um agente oxidante, e, sob as condições corretas, irá ser completamente consumido na panificação. Entretanto, se é adicionado em demasia, ou se o pão não é assado o suficiente ou em temperatura não alta o suficiente, restará uma quantidade residual que pode ser nociva se consumida.

O bromato de potássio é usado na panificação, reforçando a expansão da massa, permitindo, assim, que ela cresça mais, diminuindo o tempo necessário para assá-la. É proibido na China, Canadá e União Europeia. Também é proibido no Brasil.

Uma boa maneira de identificar o pão com bromato de potássio é verificando se ele esfarela com facilidade.

A ADA (azodicarbonamida) pode induzir à asma e existem apenas cinco países no mundo que não proíbem este composto. Foi proibida em diversos países por ser potencialmente prejudicial à saúde.

Na indústria alimentícia, é utilizada em pães, para clarear a farinha e como condicionador de massas. Seu principal uso encontra-se na produção de plásticos espumados como agente de expansão. A decomposição térmica dessa substância resulta na produção de nitrogênio, monóxido de carbono, dióxido de carbono e gases de amônia, que acabam presos em bolhas no interior do polímero para formar a espuma.

Também é utilizada pela indústria química na fabricação de solas de borracha de sapatos e tapetes de ioga. Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) feito em 1999, o composto pode causar problemas respiratórios, como asma e irritações de pele.

No Brasil, a azodicabonamida é legalizada nos padrões de 0,004 g por 100g de farinha.

Leia sempre os rótulos dos alimentos!

Dado que poucas pessoas podem cultivar seus próprios alimentos, aditivos e conservantes evitam a deterioração de microrganismos através da umidade, ar e envelhecimento natural dos alimentos e prolongam a vida nas prateleiras. Nutrientes adicionais, como o ácido fólico, beneficiam a saúde das pessoas. No entanto, com a longa lista de substâncias sintéticas e naturais adicionadas para atrair os consumidores, muitos não beneficiam a sua saúde e os riscos podem ser desconhecidos.

Como não há informações suficientes sobre os riscos à saúde de muitas dessas substâncias, procure ter uma dieta saudável de alimentos integrais, de preferência cultivados localmente ou com certificados orgânicos. Limite também o consumo dos alimentos processados.

Se você optar por consumir alguns desses alimentos, leia os rótulos e saiba mais sobre o que você está comendo ou bebendo.

Esteja ciente de aditivos disfarçados sob nomes diferentes e pesquise qualquer um que você não reconheça!

Crédito da foto: banco de imagem.

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